Religião é Veneno
A reação de boa parte da esquerda aos ataques terroristas contra Israel nos últimos dias encerrou qualquer dúvida: grupos que se dizem defensores dos direitos humanos são capazes de apoiar movimentos como o Hamas, que comete atrocidades impublicáveis contra civis.
Não é coincidência. As raízes dessa postura estão nas ideias do próprio Karl Marx.
De uma forma mais genérica, Marx é responsável pela noção de que tudo deve ser medido pela divisão entre “opressores” e “oprimidos”. Embora o autor comunista tenha tratado principalmente das classes sociais, não demorou até que seus discípulos estendessem a lógica para qualquer relação de poder. Entre Israel e Palestina, Israel é o opressor porque é mais rico e (na visão de muitos árabes) equivale a um colonizador europeu. Logo, justifica o que quer que o oprimido (a Palestina) faça.
https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-esquerda-antissemita-segue-os-passos-de-karl-marx/
Guerra no Oriente Médio - A esquerda antissemita segue os passos de Karl MarxPor Gabriel de Arruda Castro, especial para a Gazeta do Povo 10/10/2023A reação de boa parte da esquerda aos ataques terroristas contra Israel nos últimos dias encerrou qualquer dúvida: grupos que se dizem defensores dos direitos humanos são capazes de apoiar movimentos como o Hamas, que comete atrocidades impublicáveis contra civis.Não é coincidência. As raízes dessa postura estão nas ideias do próprio Karl Marx.De uma forma mais genérica, Marx é responsável pela noção de que tudo deve ser medido pela divisão entre “opressores” e “oprimidos”. Embora o autor comunista tenha tratado principalmente das classes sociais, não demorou até que seus discípulos estendessem a lógica para qualquer relação de poder. Entre Israel e Palestina, Israel é o opressor porque é mais rico e (na visão de muitos árabes) equivale a um colonizador europeu. Logo, justifica o que quer que o oprimido (a Palestina) faça.Mas a relação de Karl Marx com o ódio a Israel vai muito além.Para Marx, o deus dos judeus é o dinheiroKarl Marx expôs o que pensava sobre os judeus em ‘Sobre a Questão Judaica’, um artigo que se transformou em livro. Escrita em 1843, a obra analisa a reivindicação de direitos dos judeus que viviam na Alemanha.No livro, Marx comenta um livro de Bruno Bauer, ele próprio acusado de antissemitismo. Bauer afirma que o judeu na Alemanha só pode se emancipar (tornar-se livre) depois que o povo alemão o fizer. E isso só pode ocorrer quando a religião for superada.Marx concorda em parte, mas argumenta que a religião judaica há muito foi substituída pelo simples amor ao dinheiro. Ao fazê-lo, ele reproduz um dos estereótipos preconceituosos contra os judeus.Com a típica miopia de seu materialismo histórico, Marx interpreta uma religião milenar, de uma rica tradição espiritual, com apenas uma lente: a econômica. O capitalismo é um inimigo. E o judeu é responsável pelo capitalismo. Logo, o judeu é um inimigo. “Não procuremos o mistério do judeu em sua religião; procuremos, antes, o mistério da religião no judeu real. Qual é o fundamento secular do judaísmo? A necessidade prática, o interesse próprio. Qual é o culto secular do judeu? O negócio. Qual é o seu deus secular? O dinheiro”, ele escreve.Marx culpa diretamente os judeus pelo desenvolvimento do capitalismo: “Identificamos, portanto, no judaísmo um elemento antissocial universal da atualidade, que o desenvolvimento histórico, cujo aspecto perverso os judeus fomentaram diligentemente, encarregou-se de levar à sua atual culminância, na qual ele necessariamente se dissolverá”, diz ele. Na visão de Karl Marx, a base do judaísmo é o “egoísmo”, e a ascensão do capitalismo representou a “dominação universal” por parte dos judeus. A própria ideia de uma identidade nacional judaica era, na visão do autor socialista, uma farsa: “A nacionalidade quimérica do judeu é a nacionalidade do mercador, do homem do dinheiro de modo geral”.Para Marx, o caminho para “emancipar” o judeu da religião é simplesmente abolir o capitalismo. “Uma organização da sociedade que superasse os pressupostos do negócio, portanto, a possibilidade do negócio, teria inviabilizado o judeu. Sua consciência religiosa se dissiparia como uma névoa insossa na atmosfera da vida real da sociedade”, escreve.Menos de um século depois, na própria Alemanha, judeus estavam sendo enviados para a câmara de gás, em parte graças aos estereótipos que, se não foram criados por Marx, foram reforçados por ele.Muito antes dos ataques dos últimos dias, o Hamas já era conhecido por praticar atrocidades contra civis. Ainda assim, o grupo recebia o apoio de entidades de esquerda.Em 2021, 20 deputados federais brasileiros assinaram uma moção de apoio ao Hamas depois que o governo britânico incluiu o grupo na lista de organizações terroristas. Os parlamentares pertencem a PT, PSOL, PCdoB e PSB. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST (Movimento dos Sem Terra) também assinaram a nota. O texto começa afirmando que “resistência não é terrorismo”.Nos últimos dias, mesmo depois que o Hamas assassinou centenas de civis em solo israelense, a esquerda radical manteve a simpatia pelo grupo. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), por exemplo, se recusou a condenar o Hamas e apenas lamentou as mortes dos dois lados. A postura levou um de seus coordenadores de campanha à prefeitura de São Paulo, Jean Gorinchteyn, a deixar a equipe em protesto. O PCO (Partido da Causa Operária) negou que o Hamas seja um grupo terrorista e ainda defendeu o fim do Estado de Israel.O militante petista Breno Altman, amigo pessoal de José Dirceu, também celebrou o ataque do Hamas e escreveu que “quando um povo submetido ao colonialismo se rebela contra um Estado colonial, por quaisquer meios que seja, não há dúvidas sobre o lado certo da história”. A deputada estadual Luciana Genro (PSOL-RS) disse que o povo palestino "tem o direito de resistir e se levantar contra a opressão”. E os Socialistas Democráticos dos Estados Unidos expressaram “solidariedade” aos palestinos, enquanto terroristas metralhavam inocentes em Israel.No que depender de muitos seguidores de Karl Marx, o legado antissemita dele vai continuar vivo.
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A URSS chegou a apoiar a criação do Estado de Israel.
Era conveniente nas circunstâncias da época.
Só que os judeus russos começaram a migrar em massa para lá e isto pegava mal para a imagem do "paraíso soviético", além da perda de cientistas, artistas etc. e daí a URSS proibiu sua saída e acabou ficando contra a existência de Israel.
A esquerdalha mundial, obedientemente, também ficou.
O que conecta a esquerda a uma identidade anti-Israel é uma mistura de diferentes elementos.Essa não é uma relação nova, fabricada nas redes sociais. Nem é tão óbvia quanto parece.Em primeiro lugar, é preciso contexto histórico: a União Soviética desempenhou um papel fundamental no apoio à criação do Estado de Israel. Durante o debate sobre o Plano da ONU para a partilha da Palestina, em 1947, a União Soviética apoiou o sionismo nas Nações Unidas. Na verdade, Moscou se pronunciou a favor de um Estado Judeu muito antes dos Estados Unidos – antes de qualquer potência.Um ano antes da criação do Estado de Israel, o então embaixador soviético na ONU, Andrei Gromyko, expressou forte apoio a Israel, destacando a conexão histórica do povo judeu com o território, reconhecendo as aspirações do povo judeu após o Holocausto e defendendo que o mundo tinha uma dívida com eles.O protagonismo russo foi tamanho nessa direção que a União Soviética foi o primeiro país a reconhecer oficialmente Israel, dois dias após a sua declaração de independência, em maio de 1948.Na Guerra Árabe-Israelense de 1948, Israel recebeu rifles, morteiros e até aviões de combate da Tchecoslováquia, com permissão e consentimento soviético. Essas armas desempenharam um papel indispensável para a vitória israelense.Como escreveu o historiador Paul Johnson, Joseph Stalin está “entre os pais fundadores de Israel”.Os próprios israelenses não negam isso. Como disse Abba Eban, o primeiro embaixador de Israel na ONU, sem o voto e as armas fornecidas pelo bloco soviético, “não poderíamos ter conseguido, nem diplomaticamente, nem militarmente”.Por que os soviéticos escolheram o lado judeu? Por pragmatismo. Stalin via a criação de Israel como uma maneira de reduzir a influência britânica no Oriente Médio. Na propaganda soviética – veja a ironia – apoiar Israel era enfrentar o imperialismo ocidental no Oriente Médio.Mas pelo mesmo pragmatismo, poucos anos depois, os soviéticos mudaram de lado – levando todo campo político junto, mais uma vez.A relação entre a União Soviética e Israel se deteriorou no instante em que Israel expressou o desejo de migrar judeus soviéticos para Israel, atitude amplamente rejeitada pela União Soviética, lar de uma das maiores comunidades judaicas do mundo.A partir desse episódio, a União Soviética passou a expressar apoio e oferecer treinamento militar, armamento e assistência financeira à causa palestina.Após a criação do Estado de Israel, os judeus soviéticos enfrentaram forte oposição de Moscou para a emigração. Judeus que solicitavam permissão para emigrar para Israel muitas vezes encaravam discriminação, perda de emprego e perseguição (com direito, em alguns casos, à prisão). A maioria teve seus vistos de saída negados e passou a ser rotulada como refusenik. Eles também enfrentavam vigilância constante da KGB.Para o Kremlin, permitir que um número tão grande de cidadãos deixasse o país era visto como um sinal de fraqueza e instabilidade. Além disso, muitos judeus soviéticos ocupavam posições em áreas sensíveis, como pesquisa científica, defesa e indústria. O Kremlin estava preocupado que esses indivíduos levassem conhecimentos e habilidades valiosas para o exterior.Como num passe de mágica, a causa palestina passou a ser vista pelos líderes do bloco comunista como uma luta de libertação nacional contra o imperialismo (um imperialismo que havia sido sustentado diplomaticamente e militarmente pela própria União Soviética).Os interesses russos, estritamente pragmáticos, locais, moldaram a concepção ideológica, moral, de todo um campo político no Ocidente – como em tantas outras questões.Ainda hoje, dos 193 países membros da ONU, 28 não reconhecem Israel (15%). Desses, apenas 3 não têm maioria muçulmana – todas elas ditaduras de esquerda: Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.Embora nem todos os críticos de Israel sejam radicais de esquerda, as posições anti-Israel viraram uma espécie de marcador de identidade política para a chamada esquerda “anti-imperialista”.
https://twitter.com/rodrigodasilva/status/1719115616378823068
BotanicoA URSS apoiou a criação do Estado de Israel no início porque, entre outras coisas, a via como a redução do domínio europeu sobre o Oriente Médio.
O zamericanus sempre apoiaram Israel. Já os árabes sempre foram apoiados pela União Soviética. Só isso já é explicação suficiente. Imaginem como o zizkerdiztaz estariam proclamando agora se fosse o contrário.
VolpiceliEsqueceram de citar que Marx era Judeu.
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De uma forma mais genérica, Marx é responsável pela noção de que tudo deve ser medido pela divisão entre “opressores” e “oprimidos”. Embora o autor comunista tenha tratado principalmente das classes sociais, não demorou até que seus discípulos estendessem a lógica para qualquer relação de poder. Entre Israel e Palestina, Israel é o opressor porque é mais rico e (na visão de muitos árabes) equivale a um colonizador europeu. Logo, justifica o que quer que o oprimido (a Palestina) faça.
AcauanLenin, na verdade, era descendente de uma mistureba de povos. Além de judeus, era também descendente de alemães, suecos e até mongóis. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xOXQgkh1YB4VolpiceliEsqueceram de citar que Marx era Judeu.
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De uma forma mais genérica, Marx é responsável pela noção de que tudo deve ser medido pela divisão entre “opressores” e “oprimidos”. Embora o autor comunista tenha tratado principalmente das classes sociais, não demorou até que seus discípulos estendessem a lógica para qualquer relação de poder. Entre Israel e Palestina, Israel é o opressor porque é mais rico e (na visão de muitos árabes) equivale a um colonizador europeu. Logo, justifica o que quer que o oprimido (a Palestina) faça.
Assim como Trotsky.
Assim como uma parcela notável da liderança Bolchevique revolucionária.
Assim como - para minha surpresa, que leio sobre o assunto há décadas - Lênin.
É, o Lênin, aquele com cara de Satanás de filme de terror B, que liderou a revolução de 1917, venceu a Guerra Civil e estabeleceu aquela merda de Estado Soviético.
Lênin era judeu étnico, que nunca se assumiu como tal e talvez nem se visse como um, informação que descobri recentemente.
Fonte: Simon Sebag Montefiore, um dos maiores especialistas do mundo sobre o regime bolchevique, provavelmente o que mais estudou os Arquivos de Moscou sobre o tema.
Todas as biografias citam as origens de Lênin como um intelectual de classe média urbana na Rússia Czaristas, li sobre boatos de ele ser judeu, o que não queria dizer nada, pois naquele lugar e época era um maneira comum e típica de difamar desafetos.
Esta informação eleva exponencialmente o papel dos judeus na construção do Socialismo, a partir de sua teorização por Karl Marx à sua efetivação por Lênin e Trotsky.
Talvez por isto, Stalin - naturalmente antisemita por ser georgiano e por ser o Stalin - concluísse que havia judeus demais à volta dele e resolvesse dar cabo da maioria, o que não se destaca muito dado o hábito do Koba de mandar matar qualquer um e todo mundo.
A informação de que Lênin era judeu, que não confirmei em outras fontes, também eleva mais esta contradição da Esquerda Internacional, maciçamente judaica em suas raízes e radicalmente antisemita em suas práticas.
NOTA relevante: Montefiore também é judeu.
Volpiceli
Lenin, na verdade, era descendente de uma mistureba de povos. Além de judeus, era também descendente de alemães, suecos e até mongóis. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xOXQgkh1YB4
Volpiceli
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xOXQgkh1YB4
Fernando_Silva
A ficha de Lula
É possível repudiar a brutalidade da resposta aos ataques de 7 de outubro sem apelar para a relativização do Holocausto
Eduardo Affonso 24/02/2024
Lula é alegórico e — vai aqui um eufemismo — não tem nenhum compromisso com a verdade. Não vê diferença entre ato juridicamente perfeito e golpe, entre mil e milhão. Manipula números e palavras como se fossem militantes do seu partido. Em sua mitomania, triplica a quantidade de pobres que diz precisar alimentar, se propõe a construir 186 milhões de casas (mais que o dobro de domicílios do país) e ainda acha tempo para acompanhar pela TV os jogos do campeonato chinês.
É o tipo de democrata que não pode ver um ditador que corre para o abraço. A lista de parças é longa: começa com Fidel (e daí a Raúl Castro e Díaz-Canel), passa por Ortega, Nguema, Ahmadinejad, Kadafi, se desdobra de Chávez a Maduro, chega a Putin. A simpatia pelo terrorismo vai das Farc ao Hamas, sem esquecer Cesare Battisti.
Sob sua égide, a esquerda brasileira importou o racismo à moda americana (o do branco é branco, preto é preto, e a mulata não é a tal). Contrabandeia agora um ódio antissemita com selo de garantia que confere ao usuário a sensação de estar do lado do bem, das vítimas, da paz e da justiça.
[...]
A indignação de Lula quanto à dor dos palestinos soa ainda mais hipócrita e oportunista após sua recusa em defender o povo ucraniano quando da invasão russa (“Por que vou me preocupar com a briga dos outros?”) e da sua omissão em relação à crise humanitária na Venezuela (“A gente precisa respeitar a autodeterminação dos povos”). Vidas que não interessam a seu delírio de “líder do Sul Global” (o Terceiro Mundo reloaded) não importam.
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https://oglobo.globo.com/opiniao/eduardo-affonso/coluna/2024/02/a-ficha-de-lula.ghtml