Anne Hutchinson, conhecida como parteira e considerada o verdadeiro
“horror dos puritanos”, tornou-se uma figura marcante da história pela coragem de questionar os dogmas de sua época. Em sua casa, ela realizava palestras e encontros para refletir sobre o que era ensinado nos cultos da igreja puritana, desafiando assim a rigidez de seus líderes.
Os puritanos eram um pequeno grupo de cristãos que migraram para o Novo Mundo fugindo da perseguição religiosa na Inglaterra. Contudo, quando chegaram ao poder, os mesmos líderes passaram a perseguir aqueles que tinham crenças diferentes das suas. Anne experimentou isso de perto: foi expulsa da igreja, exilada de sua própria casa e banida do estado de Massachusetts. Ao lado da família, buscou refúgio em
Rhode Island, onde encontrou espaço para viver e praticar a liberdade religiosa.
A atuação de Anne como parteira também trazia reflexões profundas. Durante os partos que acompanhava, lembrava que cada bebê nascia com o direito natural à liberdade — de pensar, agir de acordo com a própria consciência e se reunir com pessoas que compartilhassem crenças semelhantes. Para ela, liberdade religiosa não era apenas escolher a igreja que se queria frequentar, mas
um direito humano inato.
Esse princípio ia além da religião organizada:
- As pessoas deveriam ter o direito de seguir uma fé diferente da maioria.
- Deveriam também ter a liberdade de não seguir religião alguma, se assim escolhessem.
- Nenhum governo deveria proibir ou obrigar indivíduos a se submeterem a uma fé específica.
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Por fim, devemos ressaltar que
religião pode ser vista como um conjunto de ideias que orientam as ações humanas. O verdadeiro sentido da liberdade religiosa, portanto, é proteger o direito de cada pessoa a seguir sua própria consciência.
liberdade religiosa para você e para quem gosta.