Religião é Veneno
Anne Hutchinson: Parteira, “Horror dos Puritanos” e Defensora da Liberdade Religiosa
Autor: Percival | Categoria: História, Sociedade, Comportamento e Filosofia | Visualizações: 864 Comentários: 7
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Percival
2025-Setembro-29
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Tópicos criados: 42
Anne Hutchinson, conhecida como parteira e considerada o verdadeiro “horror dos puritanos”, tornou-se uma figura marcante da história pela coragem de questionar os dogmas de sua época. Em sua casa, ela realizava palestras e encontros para refletir sobre o que era ensinado nos cultos da igreja puritana, desafiando assim a rigidez de seus líderes.
Os puritanos eram um pequeno grupo de cristãos que migraram para o Novo Mundo fugindo da perseguição religiosa na Inglaterra. Contudo, quando chegaram ao poder, os mesmos líderes passaram a perseguir aqueles que tinham crenças diferentes das suas. Anne experimentou isso de perto: foi expulsa da igreja, exilada de sua própria casa e banida do estado de Massachusetts. Ao lado da família, buscou refúgio em Rhode Island, onde encontrou espaço para viver e praticar a liberdade religiosa.
A atuação de Anne como parteira também trazia reflexões profundas. Durante os partos que acompanhava, lembrava que cada bebê nascia com o direito natural à liberdade — de pensar, agir de acordo com a própria consciência e se reunir com pessoas que compartilhassem crenças semelhantes. Para ela, liberdade religiosa não era apenas escolher a igreja que se queria frequentar, mas um direito humano inato.
Esse princípio ia além da religião organizada:
  • As pessoas deveriam ter o direito de seguir uma fé diferente da maioria.
  • Deveriam também ter a liberdade de não seguir religião alguma, se assim escolhessem.
  • Nenhum governo deveria proibir ou obrigar indivíduos a se submeterem a uma fé específica.
.
Por fim, devemos ressaltar que religião pode ser vista como um conjunto de ideias que orientam as ações humanas. O verdadeiro sentido da liberdade religiosa, portanto, é proteger o direito de cada pessoa a seguir sua própria consciência.


liberdade religiosa para você e para quem gosta.

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LaraAS
2025-Setembro-29
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Percival

Anne Hutchinson, conhecida como parteira e considerada o verdadeiro “horror dos puritanos”, tornou-se uma figura marcante da história pela coragem de questionar os dogmas de sua época. Em sua casa, ela realizava palestras e encontros para refletir sobre o que era ensinado nos cultos da igreja puritana, desafiando assim a rigidez de seus líderes.
Os puritanos eram um pequeno grupo de cristãos que migraram para o Novo Mundo fugindo da perseguição religiosa na Inglaterra. Contudo, quando chegaram ao poder, os mesmos líderes passaram a perseguir aqueles que tinham crenças diferentes das suas. Anne experimentou isso de perto: foi expulsa da igreja, exilada de sua própria casa e banida do estado de Massachusetts. Ao lado da família, buscou refúgio em Rhode Island, onde encontrou espaço para viver e praticar a liberdade religiosa.
A atuação de Anne como parteira também trazia reflexões profundas. Durante os partos que acompanhava, lembrava que cada bebê nascia com o direito natural à liberdade — de pensar, agir de acordo com a própria consciência e se reunir com pessoas que compartilhassem crenças semelhantes. Para ela, liberdade religiosa não era apenas escolher a igreja que se queria frequentar, mas um direito humano inato.
Esse princípio ia além da religião organizada:
  • As pessoas deveriam ter o direito de seguir uma fé diferente da maioria.
  • Deveriam também ter a liberdade de não seguir religião alguma, se assim escolhessem.
  • Nenhum governo deveria proibir ou obrigar indivíduos a se submeterem a uma fé específica.
.
Por fim, devemos ressaltar que religião pode ser vista como um conjunto de ideias que orientam as ações humanas. O verdadeiro sentido da liberdade religiosa, portanto, é proteger o direito de cada pessoa a seguir sua própria consciência.


liberdade religiosa para você e para quem gosta.



Só uma coisa, não havia essa terminologia de acrescentar a muletinha estilo pleonasmo da palavra "humano" depois de direito naquela época e lugar, no máximo falavam em direitos civis ou fundamentais, foram os que criaram bombas atômicas capaces de acabar com toda a humanidade e na época em que fizeram isso que inventaram essa muletinha estilo pleonasmo na terminologia e também a muletinha estilo pleonasmo de "do homem" dos canalhas dos jacobinos da revolução francesa .
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Fernando_Silva
2025-Setembro-30
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Percival
Para ela, liberdade religiosa não era apenas escolher a igreja que se queria frequentar, mas um direito humano inato.
Por isso mesmo é que o Estado tem que ser laico.
Se uma religião está no poder, todas as outras acabarão sendo perseguidas.
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Percival
2025-Setembro-30
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Fernando_Silva

Percival
Para ela, liberdade religiosa não era apenas escolher a igreja que se queria frequentar, mas um direito humano inato.
Por isso mesmo é que o Estado tem que ser laico.
Se uma religião está no poder, todas as outras acabarão sendo perseguidas.

Ate mesmo John Locke pregava essa separação da religião do governo. Tem uma carta. 
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LaraAS
2025-Setembro-30
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Tem que ver também que formalmente, os países escandinavos hoje em dia, não tem separação entre a religião principal e o Estado e não me parece que tenha sido uma tragédia isso (se bem que ironicamente no caso deles isso significa que a RELIGIÃO PRINICPAL que é serva e escrava do Estado e não o contrário...e na verdade isso acaba se estendendo também para as religiões secundárias...). 
Agora o interessante é nos EUA, onde as religiões costumam ter influencia através da influencia sobre os seus votantes (no Brasil está ficando assim também), dado que, embora eles tenham só dois partidos com votos e representantes mesmo, há total liberdade de alas nesses 2 partidos e há o voto distrital com listas mistas, e essa influencia da religião através da influencia sobre os seus eleitores se reflete em prudentes barreiras contra possíveis só modismos, como a versão atual do movimento das mil letras, o abortismo radical e o movimento pró-eutanásia radical. Num caso desses, dizer que isso seria "contra o Estado laico", me parece a mesma coisa que dizer que não se pode ser contra qualquer assassinato em qualquer idade, ou contra o roubo, pois as religiões na maioria das ocasiões são contra essas coisas....Ou então, a solução seria o estado deixar de ser laico...
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Fernando_Silva
2025-Outubro-1
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Há países, como a Inglaterra, em que há uma religião de Estado e o rei é o seu representante máximo, mas a coisa lá é tão burocrática que não incomoda ninguém.
Os clérigos são, basicamente, funcionários públicos que só leva a sério quem quiser.
Mas não dá certo um país como o Brasil em que, por exemplo, a bancada evangélica vive aprovando leis que beneficiam os templos e os pastores.
E persegue as religiões de matriz africana e seitas vagamente espíritas.
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Percival
2025-Outubro-1
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Fernando_Silva

Há países, como a Inglaterra, em que há uma religião de Estado e o rei é o seu representante máximo, mas a coisa lá é tão burocrática que não incomoda ninguém.
Os clérigos são, basicamente, funcionários públicos que só leva a sério quem quiser.
Mas não dá certo um país como o Brasil em que, por exemplo, a bancada evangélica vive aprovando leis que beneficiam os templos e os pastores.
E persegue as religiões de matriz africana e seitas vagamente espíritas.


É até mesmo na Inglaterra eles perseguiram pessoas por suas crenças o que levou muitos irem para América. 

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Acauan
2025-Outubro-5
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Fernando_Silva

...
E persegue as religiões de matriz africana e seitas vagamente espíritas.‍


Não me lembro de nenhuma lei da bancada evangélica, ou de qualquer outra, que perseguisse religiões de matriz africana.
São comuns projetos de lei daquela bancada que beneficiam igrejas evangélicas, como isenções de taxas públicas, mas a redação destes projetos sempre inclui qualquer organização religiosa, inclusive terreiros e roças.

Os casos de ataques reais contra adeptos da Umbanda ou Candomblé são tão pontuais e raros, que se pedir a alguém que cite algum, provavelmente só lembrarão da pedrada na menina mãe de santo, ocorrida há anos.

No mais, "religiões de matriz africana" é uma expressão tão vaga e fluída que pode significar qualquer coisa e coisa nenhuma, a começar que uma das principais religiões deste grupo, a Umbanda, é uma religião de laboratório, inventada por um homem branco que queria criar um espiritismo genuinamente brasileiro, que incluísse elementos das três raças e cuja participação africana nesta engenharia era exclusivamente estética.
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