Religião é Veneno
A praga das pessoas "sensíveis", que se ofendem com qualquer coisa e querem censurar livros, filmes e tudo o mais, inclusive clássicos.
À flor da peleTorço para que diferentes áreas de nosso quadro social também comecem a ter seus fiscaisWashington Olivetto 14/08/2023Alguns anos atrás, surgiu no mercado editorial um novo e curioso personagem: o leitor sensível. Basicamente, um profissional que tem a incumbência de revisar manuscritos ainda não publicados, com o propósito de detectar imprecisões culturais, passagens preconceituosas, estereótipos forçados, questões de representatividade e linguagem possivelmente problemáticas.Sob o ponto de vista da preocupação com a qualidade editorial do que será publicado, a existência do leitor sensível parece ótima. Mas, quando ela adquire as características de censura prévia ou posterior, vira péssima. A verdade é que o leitor sensível funciona bem e, na maioria das vezes, quando analisa o presente, mas erra na mosca quando dá certos palpites no passado. Principalmente nas reedições.Exemplo: um leitor sensível de uma grande editora inglesa propôs eliminar trechos inteiros de clássicos de Agatha Christie, sob a alegação de que se referiam a etnias, coisa que podia incomodar alguns novos leitores. Parece uma maluquice de algum jovem inglês que desconhece completamente a história da literatura policial, mas isso poderia acontecer também no Brasil, com publicações históricas como a obra afro-cristã “Negrinho do pastoreio” ou alguns livros infantis de Monteiro Lobato.Para que loucuras dessas não se repitam, espero que as nossas editoras saibam pilotar seus leitores sensíveis com extremo bom senso, e digo isso com absoluta sinceridade, até porque torço para que diferentes áreas de nosso quadro social também comecem a ter seus fiscais de sensibilidade.Para o tráfego urbano em geral, seria boa a presença de gestores de trânsito sensíveis, que advertissem aqueles que buzinam sem necessidade e multassem os que não respeitam as faixas de pedestres.No jornalismo, sugiro a presença de editores sensíveis, que se recusem a reverberar fake news em suas publicações e vetem terminantemente títulos sensacionalistas, criados apenas com a intenção de gerar likes.Na publicidade, seria fundamental a volta de diretores de criação sensíveis, capazes de avaliar se uma campanha merece ser veiculada. Se desrespeitar a inteligência do consumidor, não merece, e ponto final.Na gastronomia, seria bom que tivéssemos críticos sensíveis, que desrecomendassem restaurantes onde os pratos são pequenos e as explicações de como foram preparados são enormes.No mundo dos vinhos, seria ótima a presença de sommeliers sensíveis que explicassem aos novos aficionados que ficar repetindo expressões como “boa cepa”, “amanteigado” e “amadeirado” depois de provar um simples gole de vinho não é coisa de connoisseurs, é apenas conversa de deslumbrados.No universo da moda, seria bem-vinda a presença de orientadoras sensíveis, que demonstrassem a certas mulheres que o excesso de grifes num mesmo traje não pega bem e que avisassem a alguns homens que cabelos com jeito de quem acabou de sair do secador pegam mal.Nas artes, seria de bom-tom a presença de marchands sensíveis, que não se considerem mais importantes que os artistas que representam e que não artificializem o valor das obras para números absolutamente irreais. No futebol, precisamos de craques sensíveis, que considerem os conselhos de seus técnicos e preparadores físicos mais importantes que os conselhos de seus parceiros e cabeleireiros.No vocabulário, todos temos de ser sensíveis o tempo inteiro, para não dizer frases feitas e envelhecidas como “pensar fora da caixa” ou “quebrar paradigmas”, não repetir frases subafetivas como “um beijo no seu coração” ou pseudoemocionais como “caiu um cisco no meu olho”; nem usar palavras desgastadas como “empoderada” e “lacração”, além de modismos baratos como “crush”, “cringe” e “todes”.Enfim, são muitas as áreas do comportamento humano em que um leitor sensível pode ser extremamente valioso e, para falar a verdade, todos precisamos de um deles. Inclusive eu, neste momento em que tenho de decidir se este texto merece ou não merece ser publicado.
https://oglobo.globo.com/opiniao/washington-olivetto/coluna/2023/08/a-flor-da-pele.ghtml
Mafalda é um engodo.
José Roberto Pereira (BK) falando sobre politicamente correto no caso do Rafinha Bastos e a piada que ele fez no CQC com a Wanessa Camargo:
E a função do artista não é ser sempre bonzinho agradável, submisso.
Pelo contrário, a função do Artista e da Arte em si é CONTRARIAR o ser humano e expor sua (nossa) miséria. E isso vem de antes da Commedia dell'arte.
Acha-se que o artista deve ser regido pelo Código de Defesa do Consumidor ou então pela Moral vigente e, lamento dizer, o Artista segue apenas a sua própria concepção de Arte.
Quando um país se volta contra seus palhaços, quando perseguimos, condenamos e execramos um palhaço (que é isso o que o Rafinha é), estamos indo contra toda a LIBERDADE que ele representa.
Perseguir o Rafinha é consequência de um país BIPOLAR, doente mental mesmo, que até ontem aceitava o Didi chamar o Mussum de criolo, ou o Costinha zoar com bichas ou o Ari Toledo zoar com mulheres... E que hoje segue perseguindo não apenas comeciantes mas jornalistas, apresentadores, escritores...
E blogueiros, feito eu.
A segunda coisa é que só porque existe uma Lei, não significa que a mesma não esteja errada.
Quando uma certa lei atravanca e impede a Liberdade de Expressão, quando a mesma é usada como lança e não um escudo...
Automaticamente estaremos dando mais um passo em direção ao despotismo.
À ditadora, ao revanchismo e a tudo aquilo que cerceia a nossa Liberdade, seja ela no campo criativo, na expressão e no nosso próprio comportamento.
A coisa mais horrível que está acontecendo neste país doente e bipolar é que não percebemos que estamos pisando em Direitos INALIENÁVEIS que não são apenas parte de nossa Cultura.
Mas de toda a formação do pensamento ocidental.
Em nome de que?
De uma moral maluca que é imposta pela mídia submissa aos ditames do "politicamente correto", orquestrada pela esquerda que financia telejornais, colunistas, comentaristas, jornalistas e a mídia como um todo pois esta segue apenas quem está no poder.
Deveria caber a nós, que ousamos nos colocar como "livre pensadores" dizer um "não" sonoro e redendo a toda essa empulhação.
Pois ela representa um retrocesso exatamente igual ao que acontecia no tempo dos militares e do Império, em que a censura era aceita em nome da moral e dos bons costumes.
O que eu vejo, com pesar e tristeza, que nós, os injeitados, os rejeitados e os antagonizados por nosso pensamento e postura, acabamos adotando, mesmo sem perceber, aquilo que as "forças ocultas" nos fizeram em nossa vida.
Por isso, não importa o que eu penso a respeito do Rafinha.
Não interessa se a piada dele foi certa ou errada, engraçada ou não.
Ele deveria ter a total e completa Liberdade de dizer o descalábrio que fosse, pois ele é um cidadão comum.
E um comediante.
No momento em que perseguimos nossos palhaços, em breve teremos a volta dos Galinhas Verdes e toda a censura que lutamos tanto para banir.
@Fernando
Não ha compromisso com : Justiça, o Correto, Bem comum e sim com interesses pessoais hipócritas e habilmente disfarçados de " políticos corretos " um nojo!
Exemplo descarado: CPIs
criaturo@FernandoNão ha compromisso com : Justiça, o Correto, Bem comum e sim com interesses pessoais hipócritas e habilmente disfarçados de " políticos corretos " um nojo!Exemplo descarado: CPIs
Nossa que verborragia
Percivalcriaturo escreveu:@FernandoNão ha compromisso com : Justiça, o Correto, Bem comum e sim com interesses pessoais hipócritas e habilmente disfarçados de " políticos corretos " um nojo!Exemplo descarado: CPIsNossa que verborragia
Gostaria de classifica-lo apenas como um troll, mas seus comentários além de inúteis são bem agressivos, frutos de uma mente muito doente!
Mas como não sou psiquiatra irei deixa-lo falando sozinho!
criaturoPercival escreveu:criaturo escreveu:@FernandoNão ha compromisso com : Justiça, o Correto, Bem comum e sim com interesses pessoais hipócritas e habilmente disfarçados de " políticos corretos " um nojo!Exemplo descarado: CPIsNossa que verborragiaGostaria de classifica-lo apenas como um troll, mas seus comentários além de inúteis são bem agressivos, frutos de uma mente muito doente!Mas como não sou psiquiatra irei deixa-lo falando sozinho!
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