Religião é Veneno
Quando Foi Que O Jornalismo Morreu?
Autor: Cameron | Categoria: História, Sociedade, Comportamento e Filosofia | Visualizações: 110 Comentários: 7
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Cameron
2024-Setembro-7
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Assistindo uns vídeos estrangeiros e exceto pelo fato de estarem em inglês, não vi nenhuma diferença entre o comportamento dos jornalistas de lá e os daqui, malditos militantes de esquerda, comprometidos em defesa de pautas políticas, agendas e narrativas e o mais completo desprezo pelos fatos. 

Sério, chega a dar vontade de vomitar, não tentam sequer esconder a indisposição e o anseio de silenciar quando alguém aponta fatos escancarados dos desastres de políticas de esquerda em todos os lugares.

Se trocasse aqueles FDP pela Miriam Leitão ou se algum deles viesse substituir um jornazista da Globo, não faria a mais remota diferença.

Quando isso aconteceu? Que evento, que período, o jornalismo morreu e foi sequestrado pela corja mais doentia e fanática do mundo moderno? 
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Cameron
2024-Setembro-7
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Eu lembro de ouvir noticiários com pessoas preferindo um lado ou outro e argumentando com certo viés ao longo dos anos, mas nada que chegasse perto do absurdo que é hoje.

"Jornalista" defendendo censura é de fazer você se beliscar tentando despertar de um pesadelo. 
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Judas
2024-Setembro-7
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isso vem de muito tempo lá.
A questão é que uma hora o ovo da serpente choca e saem do armário de vez.
A Globo News é uma imitação da CNN e MSNBC, do formato ao conteúdo passando pelos métodos de mentir.
Então sim, se os jornalistas daqui falassem inglês eles poderiam imediatamente substituir o Don Lemon ou a Rachel Meadows, e, claro, vice-versa como você mencionou.
O Jorge Pontual é  um mentiroso bilíngue que atua lá e cá fazendo a mesma coisa e sua cria é o Guga Chacra.

A data em que os próprios canais conservadores de lá costumam usar pra marcar a saída total do armário foi no governo Obama. O governo mais racista de lá talvez desde o Movimento Pelos Direitos Civis. O Black Lives Matter é uma espécie de ressureição dos Panteras Negras e Malcom X.
E como não sou versado nisso me limito a dizer que se houvesse alguma legitimidade nos movimentos dos anos 60 (coisa que duvido muito, mesmo sem jamais ter lido uma linha a respeito) digo sem medo de errar que suas releituras modernas são no mínimo a história se repetindo como farsa, uma vez que estes de agora estão focados em criar ódio racial pra poderem viver dele ao invés de arrumar um emprego que preste.

O BLM nasceu de uma mentira, o caso Gerorge Zimmerman. Obama e seus acólitos do movimento racista que ele ajudou a fundar, mídia podre de lá inclusa, começou a fazer o contrário do que prometeu em campanha e passou a usar linguagem racista e inflamatória o tempo todo.
Tivemos o caso dos protestos dos animais do BLM que gritavam pigs in a blanket, fry 'em like bacon”  pelas ruas porque na época, se não me engano, ocorreram dois casos de negros sendo mortos por policiais em estados diferentes e foram flagrados em vídeos. O movimento racista liderado por Obama decidiu fomentar ainda mais sua milícia recém criada com estes vídeos.

E deu "certo" pro Obama. Por causa do seu discursinho de ódio dois policiais foram assassinados e ele aparece aqui citando estatísticas que foram imediatamente contestadas por Larry Elder entre outros, quase que dizendo que "entende o lado dos bandidos que assassinaram os policiais" porque tem muito racismo nos EUA...

Ah, e a ideia era bem clara. O caso Zimmerman teve um desfecho muito diferente do que a mídia podre e o BLM esperavam com as mentiras que espelharam. Zimmerman não foi condenado e o BLM até ali era fundado exclusivamente por uma fraude. Obama achou então que precisava de um álibi melhor e como os acontecimentos recentes tinham registros em vídeos era mais fácil usar a CNN e afins pra espalhar ódio os exibindo 24/7.

Este desgraçado é o maior responsável pelo recrudescimento do ódio racial pelo mundo. O BLM veio pra cá com uma tradução literal que simplesmente não se encaixa aqui no Brasil.


Nos episódios aqui mencionados, o caso Zimmerman,  os protestos do BLM, os vídeos usados como gasolina pra apagar fogo e a retórica racista do Obama, só deram "certo" porque a mídia esteve diretamente envolvida no direcionamento do ódio e criação de *narrativas, palavra que passou a ser usada neste contexto desde então.


* descrição de qualquer aspecto da realidade objetiva feita por gente da CNN e seus correspondentes em cada canto do planeta.
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Judas
2024-Setembro-7
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ufka Cabecao
2024-Setembro-9
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Cameron


Quando isso aconteceu? Que evento, que período, o jornalismo morreu e foi sequestrado pela corja mais doentia e fanática do mundo moderno? 
Acho que antes de tentar responder essas perguntas é preciso definir os conceitos e estabelecer certas distinções, e talvez reformular as perguntas de maneira a evitar viciar as respostas.

Uma primeira pergunta básica é o que é o jornalismo em si, enquanto atividade de comunicação social com atributos próprios, descritos em termos daquilo que permite distinguir o jornalismo de outras atividades de comunicação social (e.g. disseminação de rumores, educação, marketing comercial, propaganda política, proselitismo religioso, anúncios oficiais, etc.). Dessa pergunta podemos tentar tirar a idéia de porque o jornalismo existe, a que finalidade ele atende, enquanto atividade ideal e isolada de outras formas de comunicação social.

Tendo isolado os atributos ideais do jornalismo, é preciso entender quais os incentivos sociais para que algo que aproxime essa idéia seja praticado, i.e. que um jornalismo de fato exista e não se degenere em uma das outras formas de comunicação social. Quais são os fatores que levam um jornalista a reportar um fato assim ou assado ou oferecer opinião desse ou daquele tipo, e o que o leva a talvez desviar de uma apresentação mais objetiva ou criteriosa daquilo? E uma outra questão que pode ser interessante é como o julgamento que se faz da qualidade do jornalismo praticado numa determinada época pode ser feito de forma razoavelmente objetiva. Por exemplo, quanto da impressão que temos de que o jornalismo era mais sério no passado é de fato uma consequência da degeneração ética de jornalistas, ou é um artefato da ausência no passado de fontes alternativas que permitissem a comparação entre as reportagens feitas pelos jornais estabelecidos e os fatos que eles reportavam ou deixavam de reportar?

Quais são os tipos de jornalismo que existem, em termos de temas e de abordagem? Por exemplo, dentro de um tema como política ou cultura existe a reportagem dos fatos "relevantes", que são selecionados por um critério editorial, que tenta ser objetivo dentro dos limites de espaço e recursos existentes. Esse componente pode ser reativo ou pro-ativo, i.e. o jornal pode reportar fatos que chegam a eles por fontes existentes ou pode tentar investigar e chegar até fatos que não foram explicitados. Existe também um componente de análise crítica ou opinião, que é mais subjetivo e idiossincrático ao jornalista ou comitê editorial. E esses componentes podem estar mais ou menos misturados num mesmo conteúdo jornalístico. Uma outra distinção que pode ser útil é entre as diferentes escalas e organizações que se entendem por jornalisticas, assim como os meios de comunicação usados, em função das tecnologias de distribuição de informação disponíveis (e.g. imprensa, rádio, televisão, internet). Dependendo da época, é os canais de distribuição de informação para a massa podem estar mais ou menos centralizados, i.e. efetivamente controlados por um número maior ou menor grupos de interesses distintos - e em que medida isso afeta a qualidade do jornalismo que é consumido pela população.

Há também uma dinâmica externa, da evolução dos valores e expectativas de uma população vis-a-vis às suas elites políticas, culturais e corporativas, que são os principais objetos de interesse jornalístico. O jornalismo é parte desse processo, mas também é a educação secular, a produção artística e cultural, e a religião, e cada um desses setores é direcionado por interesses políticos e econômicos organizados em torno de agendas ideológicas, visando orientar e instruir as novas gerações de maneira a adotarem atitudes e interesses desse ou daquele tipo. O jornalismo em parte influencia e em parte se adapta ao que esse consumidor de notícia se transforma.

Tendo criado um modelo mental a partir de primeiros princípios para o jornalismo é importante ver a dinâmica histórica do jornalismo dentro desse modelo, para se determinar se determinar se a qualidade do jornalismo piorou como um todo, ou se piorou dentro de algumas instituições jornalísticas específicas, ou se o que piorou foi a impressão que podemos formar do jornalismo a partir de informação apreendida por outros meios.

Me parece que o jornalismo institucional sempre foi numa medida maior ou menor enviezado por interesses políticos e econômicos que de certa forma controlavam direta ou indiretamente essas instituições. Por exemplo, o filme Cidadão Kane mostra como o jornalismo marrom do fim do século XIX e começo do século XX descaradamente publicava fake news, causando por exemplo a guerra entre Estados Unidos e Espanha pelo controle de Cuba. Outro exemplo era a relação bastante cordial entre o New York Times e o regime soviético stalinista nos anos 20 e 30, em que jornalistas premiados viviam hedonisticamente em Moscou com todas as regalias pagas pelo Kremlin desde que reportassem apenas uma versão fantasiosa do comunismo para os americanos. Ao longo do século XX esse padrão operacional foi repetido em diversas ocasiões no Ocidente como um todo.

Mas no passado a impressão desse controle talvez fosse menor, dado o monopólio local efetivo dessas instituições. As pessoas apenas liam o jornal da sua cidade, ou assistiam ao noticiário do único canal de televisão aberta que tinham. Sem muitas fontes alternativas para comparar com o que estava sendo reportado ou opinado elas tomavam as reportagens e opiniões como factuais e objetivas, e a cobertura dos fatos jornalísticos como exaustiva. Claro que na medida em que coisas pudessem ser observadas diretamente ou comunicadas por rumores orgânicos mesmo esse jornalismo tinha alguma competição externa que o forçava a ser minimamente realista ou objetivo, assim como competição interna entre diferentes jornais locais ou canais de televisão aberta, mas ainda assim eles tinham um poder enorme de estabelecer a narrativa oficial sem ser incomodados.

Na medida em que a internet se disseminou e permitiu a distribuição direta conteúdo jornalístico não local e/ou independente de instituições estabelecidas de jornalismo, algumas mudanças nesse regime ocorreram, em particular permitindo a percepção maior dos viezes que os canais estabelecidos já tinham ou assumiam. Além disso, com o consumo de notícias sendo mais dividido com essas outras fontes, esses canais estabelecidos perdem receita, reduzindo o custo em divisões caras, como jornalismo investigativo, e transferindo recursos para setores baratos e convenientes, como opinião. A competição acabou forçando a adaptação dessas instituições estabelecidas para um modelo menos jornalístico e mais propagandístico, dado que o dinheiro no jornalismo propriamente dito estava mais disputado.
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Fernando_Silva
2024-Setembro-9
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ufka Cabecao
Por exemplo, quanto da impressão que temos de que o jornalismo era mais sério no passado é de fato uma consequência da degeneração ética de jornalistas, ou é um artefato da ausência no passado de fontes alternativas que permitissem a comparação entre as reportagens feitas pelos jornais estabelecidos e os fatos que eles reportavam ou deixavam de reportar?
Ou seja, morreu em relação a que época?
Há como afirmarmos que era diferente no passado?

O que realmente mudou foi o surgimento de outras fontes de informação e a velocidade com que ela é transmitida.
Hoje em dia, temos as redes sociais, temos os celulares etc.
Qualquer um pode filmar ou fotografar e publicar o que viu (ou está vendo) para o mundo todo.
E qualquer um pode espalhar fotos, vídeos e depoimentos falsos.
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Cameron
2024-Setembro-9
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Talvez o jornalismo sempre foi o que é hoje e nós não tínhamos como perceber, mas de uma coisa eu tenho certeza, eles contratavam mentirosos mais competentes.

O disparate entre figuras como Daniela Lima e Miriam Leitão falando  de um opositor ou do Lula é tão pateticamente ridículo que estaria abaixo da crítica. 
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ufka Cabecao
2024-Setembro-9
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Fernando_Silva

ufka Cabecao
Por exemplo, quanto da impressão que temos de que o jornalismo era mais sério no passado é de fato uma consequência da degeneração ética de jornalistas, ou é um artefato da ausência no passado de fontes alternativas que permitissem a comparação entre as reportagens feitas pelos jornais estabelecidos e os fatos que eles reportavam ou deixavam de reportar?
Ou seja, morreu em relação a que época?
Há como afirmarmos que era diferente no passado?

O que realmente mudou foi o surgimento de outras fontes de informação e a velocidade com que ela é transmitida.
Hoje em dia, temos as redes sociais, temos os celulares etc.
Qualquer um pode filmar ou fotografar e publicar o que viu (ou está vendo) para o mundo todo.
E qualquer um pode espalhar fotos, vídeos e depoimentos falsos.


‍Isso é parte da estória. Mas eu não acho que é a estória inteira. Essas coisas são sobredeterminadas - i.e. existem vários fatores contribuindo como causas.

Uma outra parte da estória é a deterioração escolar e acadêmica que torna a qualidade do capital humano disponível no mercado jornalístico se torna extremamente baixa. Antes uma pessoa inteligente, que tivesse completado o ensino médio estava adequadamente alfabetizada, e se tivesse um talento para observar as coisas e escrever textos claros ela seria perfeitamente capaz de ser um jornalista competente. Hoje o sujeito termina o segundo grau completamente incompetente e vai para uma coisa chamada faculdade de jornalismo (ou algo que o valha), aonde tudo que ele vai aprender ali não só está errado como é o oposto da verdade, e todos os professores que ele vai ter, sem exceção, serão charlatães e vigaristas, ou débeis mentais, ou ambos.

Outra parte da estória é a prática extinção da figura do reporter investigativo. Esses departamentos que no passado eram talvez o elemento mais icônico da profissão acabaram sendo desmantelados devido ao custo dessas operações ter se tornado impraticável para os jornais, dado que um time de investigadores pode passar meses ou até anos até conseguir reunir os elementos necessários para produzir uma única estória, além de criarem riscos jurídicos para o jornal caso afirmações publicadas na matéria sejam contestáveis.

Outra parte da estória é relação de dependência entre o veículo de imprensa e os patrocinadores privados e estatais. Nos Estados Unidos algo como 60% da receita dos canais de jornalismo à cabo vem de propagandas da indústria farmaceutica, que compra o espaço de propaganda não porque a venda de viagra vai aumentar com o marketing na televisão, mas para criar um desincentivo para a publicação de matérias que possam refletir negativamente na empresa que fabrica o viagra (por exemplo). No Brasil, a maior parte vem do governo federal diretamente, o que torna efetivamente quase toda a imprensa interessada em aumentar a receita falando bem ou deixando de falar mal dos governos que aumentam essa verba, e atacando governos atuais ou anteriores que comprometem essa verba.

Outra parte da estória são as plataformas e redes sociais aonde eles distribuem parte do seu conteúdo, que podem ter esse ou aquele viés de censura, que é em parte incentivado por governos e organismos internacionais que precisam forçar uma certa narrativa, de maneira a garantir que haja adoção de uma vacina perigosa ou a suprimir protestos contra uma eleição fraudada por eles.

Então ainda que o jornalismo no passado também tivesse seus problemas, é importante não descontar a deterioração que instituições da imprensa tradicional também apresentam, nesses e em outros aspectos. Mas nesses casos, é importante também notar que a deterioração da competência não é uma estória exclusiva do jornalismo, é algo que se percebe em várias profissões e faz parte de uma narrativa civilizacional maior, aonde conceitos importantes como a meritocracia se encontram novamente sob ataque de uma quinta coluna progressista.
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