No cenário político atual, um dos maiores desafios da direita tem sido a dificuldade em entender a importância da negociação. Muitos defensores de uma postura mais "pura" ou "intransigente" acreditam que qualquer acordo político significa uma rendição aos adversários ideológicos. No entanto, a história e a prática política mostram que sem negociação, não há avanço. Essa é a tônica de Jogando para Ganhar, um manual de guerra política que explora estratégias para que grupos conservadores e liberais possam atuar com eficácia no jogo político.

O livro se baseia em estratégias de dois grandes articuladores: Saul Alinsky e David Horowitz. Alinsky, mentor da esquerda radical americana, defendia que não há outro caminho para mudar o sistema senão trabalhando de dentro dele. Essa visão pragmática é fundamental para qualquer grupo que deseja ter impacto real e duradouro. Horowitz, por sua vez, ao migrar da esquerda para a direita, passou a defender que a direita deveria abandonar sua postura passiva e adotar táticas mais assertivas e calculadas para não ser constantemente derrotada em disputas políticas e culturais.

O grande problema apontado por críticos da postura "puritana" é que a direita brasileira tem, historicamente, se recusado a negociar, o que resulta na perda sistemática de espaço político para os grupos progressistas. Como apontado em um recente artigo crítico, essa postura tem levado ao avanço de pautas ideológicas de esquerda, enquanto a direita permanece com "as mãos amarradas" por se recusar a jogar conforme as regras do sistema.

Um exemplo disso é a distribuição das comissões na Câmara e no Senado. Ao se recusar a negociar, um grupo pode acabar entregando posições estratégicas para seus adversários. A esquerda compreendeu isso há muito tempo e utiliza alianças e concessões como ferramenta para avançar suas pautas. Não é uma questão de "se vender", mas sim de inteligência política.
O que Jogando para Ganhar ensina é que, sem pragmatismo, um movimento político está fadado ao fracasso. Em vez de simplesmente rejeitar alianças e acordos, os conservadores precisam aprender a utilizá-los a seu favor. Afinal, a política é um jogo de estratégia e influência, e aqueles que recusam a jogar acabam sempre perdendo para aqueles que entendem as regras e sabem utilizá-las a seu favor.

O Brasil é uma ditadura comandada pelo centrão e um consórcio de anônimos inclusive de fora do país.
O que da pra negociar com o centrão é se as pautas serão mais ou menos eficazes na economia e no bem estar geral.

Para a esquerda o que interessa é destruir tudo de tal forma que o centrão sequer vai conseguir parasitar a sociedade porque não haverá mais sociedade com capacidade mínima de produção, resumindo, o PT quer uma Venezuela aqui, e o centrão não necessariamente.

Resta convencer o centrão com um plano de governo e economia mais liberal mas que mantenha monopólios e privilégios dessa máfia.

O Brasil não é parâmetro pra estratégia política convencional nenhuma. 
Se sai do controle da máfia eles mandam matar, prender, somem com provas, fabricam provas etc...