Religião é Veneno
Por que o método de alfabetização de Paulo Freire não funciona
Autor: Volpiceli | Categoria: Cinema, Música, Arte, Cultura e Esporte | Visualizações: 79 Comentários: 5
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Volpiceli
2024-Outubro-26
Comentários: 93
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O método freiriano depende muito da ideia de que o conhecimento deve ser construído em conjunto, mas, na prática, isso frequentemente leva a uma falta de disciplina e de clareza no que realmente precisa ser aprendido. A crítica principal aqui é que, ao tentar evitar o modelo tradicional de ensino, que ele chamou de “educação bancária”, Freire acaba jogando fora elementos essenciais para uma educação eficiente, como a estrutura e a organização do conhecimento. Seus críticos argumentam que o resultado disso é um sistema educativo mais caótico e menos focado em preparar alunos para desafios práticos e reais, como o mercado de trabalho.

Além disso, há quem questione a relevância de sua pedagogia para o contexto atual. Suas ideias surgiram num cenário de alfabetização de adultos no Brasil dos anos 60, mas, segundo alguns críticos, aplicar essas ideias em salas de aula do ensino básico ou médio não faz sentido. O que talvez funcione para um grupo pequeno de adultos pode não ter eficácia em escolas que precisam ensinar crianças e adolescentes de maneira objetiva e eficiente.

Freire também é visto por muitos como um intelectual desconectado da realidade educacional. Suas teorias são bem elaboradas, mas, na prática, muitos professores têm dificuldades em aplicá-las de forma concreta. Para alguns críticos, a “educação libertadora” que ele propõe é um conceito abstrato e idealista que não se traduz bem no cotidiano de escolas.
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Fernando_Silva
2024-Outubro-27
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Alguém já disse que o método funciona muito bem, só que é usado para enfiar ideologias na cabeça dos alunos em vez de conhecimentos úteis.
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Cinzu
2024-Outubro-27
Comentários: 71
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Fernando_Silva

Alguém já disse que o método funciona muito bem, só que é usado para enfiar ideologias na cabeça dos alunos em vez de conhecimentos úteis.
Para haver doutrinação, há de se considerar que o método deve ter alguma eficácia.

Mas, tirando a parte ideológica, o problema em geral é isso que o colega apontou: o método foi inicialmente desenvolvido para a alfabetização de adultos e posteriormente extrapolado para crianças e adolescentes sem o devido embasamento e adaptações.

O método é ultrapassado, limitado e incompleto. Além disso, a educação "libertadora" (que na prática mais aprisiona do que liberta) desconsidera a principal forma de aprendizado natural do cérebro: a assimilação de padrões por repetição.

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Fernando_Silva
2024-Outubro-27
Comentários: 983
Tópicos criados: 16
Cinzu

O método é ultrapassado, limitado e incompleto. Além disso, a educação "libertadora" (que na prática mais aprisiona do que liberta) desconsidera a principal forma de aprendizado natural do cérebro: a assimilação de padrões por repetição.
Segundo os defensores desse troço, o objetivo não é transmitir conhecimento e sim "construir o indivíduo".

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Percival
2024-Outubro-28
Comentários: 993
Tópicos criados: 28
Cinzu

Fernando_Silva

Alguém já disse que o método funciona muito bem, só que é usado para enfiar ideologias na cabeça dos alunos em vez de conhecimentos úteis.
Para haver doutrinação, há de se considerar que o método deve ter alguma eficácia.

Mas, tirando a parte ideológica, o problema em geral é isso que o colega apontou: o método foi inicialmente desenvolvido para a alfabetização de adultos e posteriormente extrapolado para crianças e adolescentes sem o devido embasamento e adaptações.

O método é ultrapassado, limitado e incompleto. Além disso, a educação "libertadora" (que na prática mais aprisiona do que liberta) desconsidera a principal forma de aprendizado natural do cérebro: a assimilação de padrões por repetição.



Na verdade o Paulo Freire usa um método do e um  cara chamado de  Frank Charles Laubach (1884-1970)  um missionário e educador americano, conhecido por seu trabalho pioneiro em alfabetização de adultos ao redor do mundo. Ele criou o método de ensino "Cada Um Ensina Um" (ou Each One Teach One), que incentivava alunos recém-alfabetizados a ensinar outras pessoas, criando uma rede de alfabetização que se expandia rapidamente. Laubach começou seu trabalho nas Filipinas na década de 1930, onde desenvolveu métodos simples e eficazes para ensinar leitura e escrita em idiomas locais, adaptando seu sistema para diferentes línguas e culturas.

O método de ensino de Frank Laubach e o de Paulo Freire têm em comum o enfoque na alfabetização de adultos e no fortalecimento do vínculo entre a educação e a realidade dos educandos. Ambos os métodos compartilham características essenciais, como:

1. **Educação como Ferramenta de Transformação**: Ambos viam a alfabetização não apenas como um processo de ensino de leitura e escrita, mas como um meio de transformar a realidade social dos educandos, capacitando-os para enfrentar as desigualdades.

2. **Valorização da Cultura Local**: Tanto Laubach quanto Freire incorporavam o contexto cultural dos alunos em suas abordagens. Laubach adaptava seu método para diferentes línguas e culturas, enquanto Freire propunha uma educação dialógica, na qual as palavras geradoras e temas de estudo vinham da vida cotidiana dos alunos.

3. **Metodologia Dialógica e Participativa**: Paulo Freire é famoso por defender o diálogo na educação, com o educador e o educando como parceiros no processo de aprendizagem. O método Laubach, embora menos politizado, também incentivava uma interação ativa dos alunos, promovendo o aprendizado em pequenos grupos e incentivando a troca de conhecimentos.

4. **Foco na Autonomia do Aluno**: Ambos os métodos tinham o objetivo de desenvolver a autonomia do aluno, de forma que ele pudesse se tornar um sujeito ativo, capaz de tomar decisões e transformar seu ambiente social.

Enquanto o método de Laubach é mais voltado para a prática de leitura e escrita com foco na simplicidade e universalidade, o método de Paulo Freire envolve uma abordagem crítica e política, incentivando a conscientização e o questionamento das estruturas de poder. Ambos, no entanto, compartilham o ideal de empoderamento do educando por meio da alfabetização e da educação.
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Fernando_Silva
2024-Outubro-29
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