Religião é Veneno
O Grande Reset: A Retirada dos Direitos do Consumidor em Favor das Corporações
Autor: Percival | Categoria: História, Sociedade, Comportamento e Filosofia | Visualizações: 86 Comentários: 1
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Percival
2024-Outubro-5
Comentários: 1002
Tópicos criados: 28


Quem não se lembra da famosa campanha que dizia: "Você não terá nada, mas será feliz"? Essa ideia, quase um mantra, reflete uma realidade preocupante: muitos de nós estamos nos tornando ferramentas das grandes corporações. Imagine a imagem de um jovem sorridente pensando: "Ah, que legal, como sou otário". Essa percepção não é apenas uma reflexão irônica, mas uma crítica à maneira como as empresas, especialmente no setor de tecnologia, têm moldado nosso conceito de propriedade e liberdade de escolha.

Nos últimos anos, as corporações têm plantado as sementes do que chamamos de "grande reset". Esse conceito refere-se à gradual erosão dos direitos do consumidor, onde os direitos de propriedade são sacrificados em nome dos interesses de um punhado de bilionários. As gerações mais novas, especialmente a Geração Y e a Geração Z, têm motivos para reclamar. Elas enfrentam um cenário econômico desafiador, com imóveis cada vez mais caros, o que dificulta a compra de uma casa, principalmente nos grandes centros urbanos. Carros, que antes eram mais acessíveis, também se tornaram luxos, tornando-se um fardo financeiro.

A frase "Você não terá nada, mas será feliz" ecoa em nossas mentes, mas a realidade é que essa felicidade prometida ainda não chegou. Durante anos, uma narrativa tem sido vendida aos jovens, promovendo a ideia de que a verdadeira satisfação vem do desapego: desapego da família, do lar, e, principalmente, do conceito de propriedade. A glamorização do estilo de vida nômade digital, onde a liberdade é sinônimo de não ter nada, é, na verdade, uma estratégia de marketing disfarçada.

Adicionalmente, a ascensão dos pagamentos recorrentes tem mudado a dinâmica financeira dos consumidores. Antes, as despesas eram mais variadas e geravam um superávit que permitia a compra de bens e serviços, estimulando o mercado e a economia. Agora, com mensalidades que se concentram em um número reduzido de empresas, a riqueza é centralizada, dificultando a circulação do dinheiro entre os consumidores e reduzindo a capilaridade do mercado. O resultado é um sistema econômico que favorece um pequeno grupo em detrimento da maioria.

Essa centralização não é acidental. Uma série de truques e estratégias foi empregada ao longo do tempo para facilitar essa transição, muitas vezes sem que percebêssemos. Essa dinâmica reflete um controle crescente das corporações sobre nossas vidas, reduzindo nossa capacidade de escolha e de acumular riqueza.

É fundamental que nos questionemos sobre essa realidade e lutemos para preservar nossos direitos enquanto consumidores. O grande reset não é apenas uma questão de economia; é uma luta por liberdade, autonomia e pelo futuro que queremos construir. Precisamos lembrar que a verdadeira felicidade não deve ser baseada na falta de propriedade, mas sim na liberdade de escolher o que queremos para nossas vidas.

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Cameron
2024-Outubro-5
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Tópicos criados: 5
Se compra não significa propriedade, então pirataria não significa crime. 

Adquirir um jogo em uma loja na internet, não receber nenhuma mídia física do produto e tomar um "se vira aí" quando eles decidirem encerrar os servidores, está fora de qualquer lógica de compra, é aluguel disfarçado. 
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