Imagine um grupo de intelectuais bem posicionados na cena literária brasileira, defensores do feminismo e da "desconstrução" do homem tradicional. Agora, imagine esses mesmos homens em um grupo privado, trocando mensagens sobre suas infidelidades, expondo suas esposas e fazendo piadas degradantes sobre mulheres. Parece contraditório? Pois foi exatamente isso que veio à tona com a história de André Conti e Vanessa Bárbara.
André Conti, editor da Companhia das Letras, era casado com Vanessa Bárbara, uma renomada jornalista e colunista do New York Times. Certo dia, Vanessa encontrou uma nota fiscal de motel com o CPF do próprio marido. Confrontado, André tentou minimizar a situação, mas a desconfiança levou Vanessa a investigar mais a fundo. Foi então que ela instalou um software no computador dele e descobriu uma verdade ainda mais perturbadora: ele não apenas a traía há anos, como também fazia parte de um grupo de e-mails chamado "Toxic – Os Homens de Chernobil".
O grupo, composto por diversos intelectuais influentes, trocava relatos de traições e, além disso, tratava as mulheres de maneira extremamente desrespeitosa. Eles usavam termos como "rodeio de gordas" para descrever encontros extraconjugais e criaram um sistema onde os amantes "apadrinhavam" suas conquistas, referindo-se a si mesmos como "papais" das mulheres com quem se envolviam. Quando perdiam o interesse, simplesmente "passavam" a mulher para outro integrante do grupo, como se fossem objetos.
A ironia? Esses mesmos homens que, publicamente, posavam como aliados das mulheres e militavam pelo feminismo, se mostraram tudo aquilo que criticavam. O caso gerou uma enorme repercussão, especialmente entre a própria esquerda, onde muitos tentaram minimizar ou justificar as ações desses intelectuais.

As pessoas tendem a dizer o que elas acham que os outros querem ouvir.
Afinal, querem ser aceitas pelo grupo.

Isto é ainda mais verdadeiro no caso de políticos, que querem votos, e gente que quer aparecer.

O mais irônico e que teve fato consumado do que meros comentários. O Arthur do Val tá jogando o jogo muito bem. Uma coisa que tenho que admirar, apesar de não me simpatizar nenhum pouco com ele. 

Derrubou Álvaro Borba, peitando Nando Moura. Tá querendo se reinventar. Isso é estratégia.