Religião é Veneno
Alta Cultura: Artistas da COP30 são desrespeitados.
Autor: Judas | Categoria: Laicismo, Política e Economia | Visualizações: 37 Comentários: 1
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Judas
2025-Novembro-27
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Percival
2025-Novembro-27
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COP 30: Entre o Prometido e o Patético – Um Festival de Contradições
A COP 30 chegou com a promessa de ser um marco histórico na discussão climática, um palco onde líderes, especialistas e entidades globais finalmente encontrariam soluções concretas para a crise ambiental. No entanto, o que se viu foi um evento que, para muitos, mais se assemelhou a um festival de desordem institucional do que a uma conferência de alto nível.
Incêndios, confusões, protestos e caos. No meio de toda a gritaria, o que não apareceu foi justamente o essencial: decisões racionais e práticas que realmente ajudem tartarugas, golfinhos, baleias e tantas espécies que sofrem diariamente por escolhas humanas destrutivas — e, claro, por um apetite industrial que parece sempre pedir um “super size” a cada minuto.
Enquanto as grandes petroleiras seguem faturando, o planeta continua pagando a conta.

Um evento em que o propósito se perdeu
Em meio ao tumulto, surge a pergunta inevitável: a COP 30 realmente teve o coração no lugar certo?
Ou foi apenas mais um grande espetáculo governamental — desses que misturam vergonha alheia, desperdício de dinheiro público e discursos vazios?
A sensação geral é de confusão: parte da nação celebra, parte lamenta, e muitos observam perplexos, tentando compreender como um encontro tão importante pode ter se transformado em mais um símbolo do desgaste político atual.

O caso dos atores: quando a COP virou Flop 30
Entre tantos episódios surrealistas, um se destacou: o protesto dos atores contratados para o espetáculo “cronoecológico”, uma suposta atração artística que serviria de eixo temático da COP.
Eles denunciaram meses de ensaio — quatro meses, para ser exato — sem receber o pagamento prometido.
Segundo os relatos, cada ator deveria receber R$ 5.000, valor que cobriria não apenas a apresentação, mas também figurinos, ensaios e dedicação integral. No entanto, o que receberam foi R$ 0 até a semana da manifestação. Para piorar, os figurinos foram retidos pela organização, impossibilitando qualquer apresentação futura.
A gota d’água? Um depósito simbólico, quase irônico, feito horas antes do protesto — claramente uma tentativa desesperada de silenciar a indignação.

Um espetáculo questionável
Três apresentações chegaram a acontecer — e geraram ainda mais polêmica.
Vídeos do espetáculo circularam, mostrando atores fantasiados de diversas espécies, rastejando pelo chão e encenando movimentos enquanto o público tentava entender a proposta. A produção lembrava uma mistura de arca de Noé experimental, teatro corporal infantil e performance improvisada, muito distante do padrão esperado para um evento global.
A pergunta que ecoou nas redes foi impiedosa:
“Isso vale R$ 5.000 por ator?”
Com mais de 20 artistas em cena, a conta rapidamente se multiplicou — e a crítica não perdoou.

O retrato de um fracasso anunciado
A COP 30 termina deixando uma sensação amarga no ar.
O que deveria ser um encontro para salvar o planeta transformou-se em um exemplo prático de:
  • má gestão,
  • promessas vazias,
  • uso duvidoso de recursos,
  • e desconexão total com a realidade ambiental.
Enquanto isso, os verdadeiros protagonistas da pauta climática — a natureza e todos os seres que dependem dela — continuam sofrendo silenciosamente, longe dos holofotes e dos discursos performáticos.

Muito barulho por nada
Se há algo que a COP 30 revelou, foi a distância crescente entre a mensagem e a prática.
Entre protocolos, coreografias, figurinos retidos e pagamentos não realizados, o objetivo central — proteger o planeta — ficou perdido entre narrativas confusas e execuções desastrosas.
Resta a esperança de que, após tanto fiasco, sirva pelo menos de lição.
Que nas próximas conferências a prioridade seja real, urgente e tangível:
cuidar do mundo que ainda temos — antes que nem conferências desse tipo façam mais sentido.
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