Católicos Praticantes DemaisPor Acauan
Publicado originalemnte em 09/05/2007 às 23:55
Certa vez escrevi sobre os católicos não praticantes, concluindo que católico brasileiro tem tanta vocação para a não prática, que quando tenta praticar algo dá errado.
Citei o exemplo da Renovação Carismática Católica, cheia de gente que não praticava sua própria religião e se tornou praticante fervorosa da religião dos outros.
Existem outros católicos que chamam a atenção por de fato o serem, costume que o tempo parece ter tornado fora de moda a ponto de surpreender quando identificado.
Meu grupo favorito, claro, é a Opus Dei.
Esqueçam as bobagens do Dan Brown sobre monges assassinos.
A Opus não tem monges.
Se tiverem assassinos, espero que nenhum deles leia este texto.
A Opus Dei é prelazia pessoal da Igreja Católica, instituição que reúne sacerdotes e leigos, comandada por um prelado nomeado pelo Papa e subordinado diretamente a ele.
Uma parte dos leigos, chamados numerários, vive nos centros da Opus Dei e dividem-se entre suas atividades seculares e o cumprimento dos preceitos da prelazia, que incluem preservação da castidade e auto-flagelação.
Não que a grande maioria aqui fora veja muita diferença entre auto-flagelação e castidade, mas para demonstrar que têm opinião diferente, os numerários exercitam a primeira com o uso diário do cilício, que, para quem não sabe, é um instrumento machucador de coxas.
Esquisito pacas, mas, como se diz, o que é de gosto regala a vida, mesmo que avermelhe as pernas.
Apesar de os numerários serem frequentemente mostrados como a cara da Opus Dei, a maioria de seus membros é de leigos casados, chamados supernumerários.
Não sei a origem do nome, mas deve ter algo a ver com o número de filhos, que eles têm aos montes, como bons seguidores das orientações da Santa Sé quanto a métodos contraceptivos.
De minha parte nada contra. Eu também teria mais filhos, na medida em que pudesse pagar uma excelente educação escolar a todos.
Só que fica a impressão de que o pessoal da Opus exagera.
Apesar disto são apenas lendas os relatos de que o toque de uma camisinha provoca nos supernumerários queimaduras semelhantes às que os crucifixos causam nos vampiros.
Abundam por aí teorias da conspiração envolvendo a Opus Dei.
A minha é que eles querem conquistar o mundo através da superioridade numérica.
Pelas minhas contas, comparando as taxas de natalidade dos supernumerários com a média mundial, os quadros da Opus Dei serão maioria da população do mundo por volta do século XXIII.
Quem associa este século com naves estelares deve começar a admitir a possibilidade de elas receberem nomes como USS São Josemaría Escrivã, ou coisa parecida.
AcauanAcho que a Igreja Católica mais tolera essas ordens do que as aceita.
Sobre a Opus Dei, escrevi há uns tempos.Católicos Praticantes DemaisPor Acauan
Publicado originalemnte em 09/05/2007 às 23:55
Certa vez escrevi sobre os católicos não praticantes, concluindo que católico brasileiro tem tanta vocação para a não prática, que quando tenta praticar algo dá errado.
Citei o exemplo da Renovação Carismática Católica, cheia de gente que não praticava sua própria religião e se tornou praticante fervorosa da religião dos outros.
Existem outros católicos que chamam a atenção por de fato o serem, costume que o tempo parece ter tornado fora de moda a ponto de surpreender quando identificado.
Meu grupo favorito, claro, é a Opus Dei.
Esqueçam as bobagens do Dan Brown sobre monges assassinos.
A Opus não tem monges.
Se tiverem assassinos, espero que nenhum deles leia este texto.
A Opus Dei é prelazia pessoal da Igreja Católica, instituição que reúne sacerdotes e leigos, comandada por um prelado nomeado pelo Papa e subordinado diretamente a ele.
Uma parte dos leigos, chamados numerários, vive nos centros da Opus Dei e dividem-se entre suas atividades seculares e o cumprimento dos preceitos da prelazia, que incluem preservação da castidade e auto-flagelação.
Não que a grande maioria aqui fora veja muita diferença entre auto-flagelação e castidade, mas para demonstrar que têm opinião diferente, os numerários exercitam a primeira com o uso diário do cilício, que, para quem não sabe, é um instrumento machucador de coxas.
Esquisito pacas, mas, como se diz, o que é de gosto regala a vida, mesmo que avermelhe as pernas.
Apesar de os numerários serem frequentemente mostrados como a cara da Opus Dei, a maioria de seus membros é de leigos casados, chamados supernumerários.
Não sei a origem do nome, mas deve ter algo a ver com o número de filhos, que eles têm aos montes, como bons seguidores das orientações da Santa Sé quanto a métodos contraceptivos.
De minha parte nada contra. Eu também teria mais filhos, na medida em que pudesse pagar uma excelente educação escolar a todos.
Só que fica a impressão de que o pessoal da Opus exagera.
Apesar disto são apenas lendas os relatos de que o toque de uma camisinha provoca nos supernumerários queimaduras semelhantes às que os crucifixos causam nos vampiros.
Abundam por aí teorias da conspiração envolvendo a Opus Dei.
A minha é que eles querem conquistar o mundo através da superioridade numérica.
Pelas minhas contas, comparando as taxas de natalidade dos supernumerários com a média mundial, os quadros da Opus Dei serão maioria da população do mundo por volta do século XXIII.
Quem associa este século com naves estelares deve começar a admitir a possibilidade de elas receberem nomes como USS São Josemaría Escrivã, ou coisa parecida.