O cenário em Hollywood e na indústria musical está fervendo desde a prisão de Puff Diddy. Muitos acreditam que, mesmo com esse evento, boa parte dos futuros músicos expostos continuarão sem enfrentar grandes consequências. Um dos principais responsáveis por gerar controvérsias na indústria foi o ex-presidente da Sony, Tommy Mottola, que, segundo dizem, fez de tudo para destruir a imagem de Michael Jackson.
Tommy Mottola nasceu no Bronx, em Nova York, e cresceu em uma família rígida, mas musical. Durante a juventude, era um garoto problemático, a ponto de seus pais o enviarem para uma escola militar. Mesmo assim, ele sempre encontrava uma forma de fugir, até que a família permitiu seu retorno. Após várias tentativas frustradas de atuar em filmes independentes, Mottola decidiu seguir carreira na música, gravando algumas faixas com a Epic Records. A partir daí, ele começou a se destacar na indústria.
O verdadeiro trampolim para sua carreira veio em 1971, quando se casou com Lisa Clark, filha do fundador da ABC Records, Sam Clark. Um dos pré-requisitos do casamento foi a conversão de Tommy do catolicismo para o judaísmo. Com o tempo, ele fundou a Don Tommy Records, que mais tarde se tornou a Champion Entertainment, onde artistas como Carly Simon e John Cougar Mellencamp alcançaram grande sucesso.
Mottola foi ganhando cada vez mais espaço na indústria até assumir a Columbia Records, parte da Sony Music. Ele gerenciou a carreira de gigantes como Bob Dylan e Michael Jackson. No entanto, sua relação com Jackson se deteriorou, levando o cantor a se tornar um dos maiores críticos da gravadora e de Mottola.
Nos anos 90, Tommy começou um relacionamento com Mariah Carey, o que resultou em seu divórcio de Lisa Clark. Ele se casou com Mariah em 1993, mas o relacionamento terminou em 1997. Mariah teria relatado a Michael Jackson que Mottola era controlador e abusivo. Essa amizade entre Jackson e Carey só piorou a relação entre o cantor e o executivo.
Durante os anos 90 e 2000, Michael Jackson enfrentou várias acusações graves, incluindo as denúncias da família de Jordan Chandler. Embora Jackson tenha firmado um acordo milionário, muitos fãs acreditam que havia uma conspiração para destruir sua carreira. A Sony Music, liderada por Mottola, era frequentemente vista como a responsável por essa trama, principalmente devido ao interesse da gravadora no catálogo musical que Jackson possuía.
Além disso, o promotor Tom Sneddon, que liderou o caso criminal contra Jackson, era visto como alguém em busca de glória pessoal, mais do que justiça. Surgiram gravações e transcrições sugerindo que as acusações poderiam ter sido manipuladas, aumentando ainda mais as suspeitas sobre a real motivação por trás das ações contra o cantor.
Após a morte de Michael Jackson, um acordo foi feito com a Sony, e sua parte no catálogo musical foi vendida por 750 milhões de dólares. Há suspeitas de que Puff Diddy e Mottola possam ter desempenhado algum papel na morte de Jackson, com teorias sugerindo que a overdose de remédios que o matou foi parte de uma trama maior.
Essas teorias são alimentadas pela proximidade de Mottola com figuras influentes e pelo fato de que, após a morte de Jackson, surgiram informações sobre o envolvimento de pessoas próximas ao cantor que posteriormente trabalharam com Diddy. As investigações sugerem que, além de interesses financeiros, havia uma rede de manipulação e poder por trás dos eventos que culminaram na morte de Michael Jackson.